sexta-feira, 5 de abril de 2013

Prefeitos da Bahia farão marcha “Movimento dos Sem Agua”

Diario de PE
Diario de Pernambuco - Por: Josué Nogueira
Nem só prefeitos pernambucanos externam indignação com o governo federal (LEIA AQUI nota da Associação Municipalista de Pernambuco).
Gestores da Bahia, governada pelo petista Jacques Wagner, se mobilizam para protestar contra o tratamento que recebem da presidente Dilma Rousseff no que se refere à seca.
No dia seguinte ao anúncio do pacote de medidas para o enfrentamento da estiagem, fito pela petista no Ceará, prefeitos baianos informam que farão uma marcha em direção à Brasília batizada de “Movimento dos Sem Água”.
A meta é pressionar o governo federal a adotar “medidas práticas, objetivas e emergenciais” para “salvar o Nordeste”.
O discurso casa, curiosamente com declarações feitas pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) nesta terça em Fortaleza, durante reunião dos governadores do Nordeste com a presidente.
“É preciso desburocratizar, para que se efetive as obras e se garanta a travessia até que os reservatórios sejam repostos”, disse. As informações são de O Globo.
“Tudo isso vai exigir obras emergenciais e um olhar estratégico sobre o futuro, sobre como nós vamos recompor essa economia que foi devastada por essa seca”, completou o socialista.
A presidente da União das Prefeituras da Bahia (UPB), a prefeita Maria Quitéria Mendes, eleita pelo PSB de Eduardo, diz que a ideia da marcha surgiu após encontros de dirigentes municipalistas que buscavam ajuda para os nordestinos.
“Quando acontece alguma catástrofe no sul ou sudeste, como enchentes e deslizamento, o governo federal responde quase que imediatamente, mas com o Nordeste o tratamento tem sido diferente. Prometem mundos e fundos, mas para que 10% disso vire realidade precisamos fazer um sacrifício enorme”, disse.
O vice-presidente Institucional da UPB, José Bonifácio, endossa.
“É preciso que os deputados e senadores nordestinos se unam ao movimento e pressionem o governo federal. Quem os elege não é o governo federal, mas o povo que está sofrendo pela ausência de ações palpáveis no combate à seca”.
Ele diz ter chegado a hora de “peitar a União até que tenhamos a atenção devida ao momento crítico vivido pelo Nordeste”. E entende que os nordestinos estão cansados “de conversas e promessas” e precisam de ações concretas”.
A UPB calcula que 70% do território baiano é atingido pela seca, colocando em estado de emergência 214, dos 417 municípios do Estado, já nos primeiros meses do ano. Várias lavouras tiveram perdas totais e 300 mil cabeças de gado já morreram.
Um retrato da gravidade da situação é o município de Maragogipe, situado no Recôncavo Baiano, no litoral, bem distante do semiárido.
Devido ao desabastecimento e o calor, a prefeitura suspendeu as aulas, implantou sistema de racionamento no fornecimento de água e não dispõe de barragens cheias para os carros pipas buscarem água.
Algumas pousadas do município limitaram o banho para os hóspedes a um por dia.

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