Da Redação
O ÊXODO RURAL PODE SER EVITADO |
Victor Villalobos, diretor-geral do IICA, defendeu um lugar central nas políticas de Estado em face do potencial agrícola do Brasil, ressaltando que conhecimento e inovação serão determinantes para fazer frente à demanda crescente por alimentos. No mesmo sentido, a embaixadora do México em Brasília, Beatriz Paredes, considerou importante mudar o paradigma cultural e investir em educação no campo de modo a combater o êxodo rural.
- Construir uma nova ruralidade é indispensável para o mundo. Ainda mais para o Brasil, pois o Brasil
continuará sendo um país agrícola - afirmou.
AGRICULTURA FAMILIAR NA MERENDA, AGORA É LEI! |
Para José Humberto de Oliveira, consultor internacional do IICA, o tema interessa a toda a população brasileira. Ele lembrou que, na contramão da visão do Brasil urbano, há estados inteiros que são "estados rurais", o que torna necessário modificar o orçamento público do país para auxiliar os 70% dos municípios brasileiros que têm menos de 20 mil habitantes:
- O meio rural não reivindica apenas política agrícola e agrária, mas também políticas de saúde, educação, comunicação, entre outras. Não podemos ter uma educação que nos expulse de nosso lugar.
A professora Tânia Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco, propôs uma "releitura do rural contemporâneo" de modo a questionar as políticas públicas de hoje para o mundo rural. Ela considera positivo que, desde os anos 90, a agricultura familiar tenha voltado a ser vista como patrimônio do país - conceito que, segundo lembrou, já sofreu muita resistência.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) classificou como preconceituosa a visão de que, no Brasil, riqueza é sinônimo de urbano, afirmando que até hoje a base de nossa balança comercial tem sido o produto rural.
- É preciso definir progresso pela qualidade de vida, não por renda, consumo e técnica moderna - concluiu.
A audiência foi comandada pelo vice-presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO).
Agência Senado
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