segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ASSISTENCIALISMO!

Assistencialismo X Assistência Social

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Assistencialismo X Assistência SocialQuase que diariamente ouvimos falar sobre a prática do assistencialismo por parte dos políticos em geral e de programas de assistência social.  Particularmente, presenciei em algumas oportunidades, interpretações errôneas desses conceitos principalmente quando se busca a distinção de ambos.
Sendo assim, trataremos neste humilde espaço, com intuito de esclarecimento, sobre esses dois conceitos acima citados.
A assistência social surgiu na década de 1930, com o avanço industrial no país, que devido instabilidades entre burguesia e proletariado, buscou intermediar e controlar insatisfações populares.
A Lei 8662 de 1993 regulamentou a profissão de assistente social com base na formação superior de Serviço Social. Segundo o jornalista e Deputado Marcos Rolim (PT/RS), pela assistência social, procura-se garantir àqueles que se encontram em situação de fragilidade as condições necessárias para que alcancem seus direitos, a começar pelo amparo.
A assistência social é um dos três componentes do sistema de Seguridade Social no Brasil, a qual é seguida pela previdência social e saúde pública. Logo sua função é manter uma política social voltada ao atendimento das necessidades básicas dos indivíduos, mais precisamente em prol da família, infância, adolescência e velhice.
Ainda conforme Rolim, ao praticar a atenção às populações desfavorecidas, o assistencialismo oferece essa própria atenção como uma ajuda, na qual insinua a relação pública, os parâmetros de retribuição de favor caracterizado pelas relações privadas. Ou seja, é pela gratidão que os “amparados” se vinculam aos titulares das ações de caráter assistencialista.
Já para Fábio Procópio, graduando em comunicação social pela UNESP, assistencialismo é a ação de pessoas, organizações não governamentais (Ong’s) e entidades sociais junto ás camadas sociais mais desfavorecidas, marginalizadas e carentes pela ajuda momentânea, filantrópica e pontual, como doações de alimentos e agasalhos. Para Procópio, esta prática, desprovida de teoria, não é capaz de transformar a realidade social dessas comunidades ou das pessoas que necessitam.
Na minha análise, assistencialismo e assistência social, são conceitos totalmente antagônicos, haja vista que a assistência social é regulamentada por lei em nosso país e dispõe de metodologias específicas para tratamento e controle de políticas sociais para àqueles que perderam, ou estão prestes a perder sua dignidade. Ao passo que o assistencialismo é uma prática onerosa à cidadania e confrontante com os anseios de crescimento de uma determinada comunidade.
Para distinguir tais conceitos podemos aqui exemplificar tais ações que as caracterizam. Um bom modelo de ação baseada na assistência social é o programa Bolsa – Família do governo federal. Já um exemplo clássico de assistencialismo são os corriqueiros amparos dos políticos, levando os menos favorecidos a hospitais ou simplesmente “doando” cestas básicas. Tal prática é normalmente vinculada a troca e interesses eleitorais.
Cabe ressaltar que independentemente do autor que a conceitue, o assistencialismo sempre será tratado como um “câncer” da sociedade moderna.
Fica aqui uma pergunta pra você, amigo leitor. E nossos políticos locais, cultuam o assistencialismo ou buscam no serviço social metodologias necessárias para diminuir a desigualdade social?

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