Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presença de produtos importados no mercado brasileiro
foi recorde no ano passado, informou no último dia 4 a Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Segundo a CNI, em 2012, o coeficiente de participação
de bens importados no consumo doméstico foi 21,6%. O percentual é o
maior desde o início da série histórica, em 1996. De acordo com a
entidade, o resultado reflete perda de competitividade dos produtos
industriais nacionais ante os importados.
As importações cresceram mais nos grupos informática, eletrônicos e
óticos (elevação de 6,4 pontos percentuais em relação a 2011), máquinas e
materiais elétricos (4,8 pontos percentuais), farmaquímicos e
farmacêuticos (4,6 pontos percentuais) e máquinas e equipamentos
(igualmente 4,6 pontos percentuais).
A participação nos insumos adquiridos pela indústria, que mostra o
volume de importados usado na produção nacional, ficou em 23,2%, com
aumento de 1,9 ponto percentual em comparação com o resultado de 2011.
A pesquisa mostrou ainda que o coeficiente de exportação atingiu
20,6% no ano passado, ultrapassando a casa dos 20% pela primeira vez
desde 2007. O indicador cresceu 1,2 ponto percentual na comperação com
2011, mas permanece abaixo do recorde de 22,9% observado em 2004. Para a
CNI, a desvalorização do câmbio no início de 2012, aliada às
desonerações tributárias concedidas ao setor privado auxiliaram no
crescimento. Porém, diz a entidade, as vendas externas da indústria
ainda carecem de competitividade.
Por fim, o coeficiente de exportações líquidas, dado pela razão
entre o saldo comercial e o custo de produção, fechou 2012 em 6,1%,
estável na comparação com o ano retrasado. O indicador leva em conta a
receita com vendas externas e os custos para o produtor. Quando fica
acima de zero, é considerado positivo e sinaliza que a indústria é
beneficiada pela desvalorização do real. Mas, no ano passado, o índice
ficou muito aquém do nível máximo da série histórica: 11,8% em 2006. Os
dados fazem parte do estudo Coeficientes de Abertura Comercial, feito
pela CNI em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio
Exterior (Funcex).
Edição: Nádia Franco
FONTE: Agência Brasil
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