O dia 21 de janeiro marcou um grande passo para a construção do aterro sanitário consorciado da região do Cariri, no sul do Ceará. Reunidos, os prefeitos e secretários de Santana do Cariri, Nova Olinda, Altaneira, Crato, Juazeiro do Norte, Jardim, Barbalha, Missão Velha e Farias Brito receberam do prefeito de Caririaçu a declaração que atesta a aceitação do município em sediar o aterro regional.
“As discussões começaram em 2006, mas foram permeadas por inúmeras dificuldades que estão, finalmente, sendo resolvidas”, conta Silvana Alencar Homem, secretária de Meio Ambiente de Santana do Cariri. “Agora, vamos negociar as vantagens que poderão ser dadas a Caririaçu e ajudar a esclarecer à população local que se trata de um empreendimento industrial moderno e seguro, com todas as garantias ambientais.”
A construção, que deverá contar com R$ 20 milhões do governo estadual e empréstimos do Banco Mundial e do FMI, terá sua licitação aberta após a emissão da licença ambiental por parte da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). “Queremos que tudo aconteça o mais depressa possível, pois temos que responder ao prazo da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que se encerra em dezembro de 2014. Além disso, nosso interesse é que o sistema entre logo em funcionamento”, destaca Silvana.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, a construção do aterro é um estímulo a mais para a efetivação da coleta seletiva nos dez municípios que, juntos, possuem cerca de 620 mil habitantes. Isso porque as cidades pagarão por peso pelo uso do aterro e será, portanto, vantagem reduzir o total de resíduos enviados a Caririaçu e ampliar a reciclagem. “Vamos ter que colocar em prática a responsabilidade compartilhada, com a capacitação dos catadores e dos responsáveis pela limpeza pública, o envolvimento da população e as parcerias com empresas, associações, escolas, igrejas... Ninguém pode ficar de fora desse esforço conjunto para acelerar a coleta seletiva. Não é mais uma questão de boa vontade, é uma obrigação de todos”, garante Silvana. “Agora, o resíduo errado no lugar errado vai pesar no bolso, além de pesar no meio ambiente.”
Para André Vilhena, diretor do Cempre, iniciativas de formação de consórcios, como o da região do Cariri, devem ser replicadas em todo o Brasil a fim de atender às exigências da PNRS que prevê a eliminação de todos os lixões e implantação da coleta seletiva no país até o final de 2014. “Trata-se de uma alternativa viável para municípios menores que podem, assim, unir esforços, recursos e experiências para atingir um objetivo comum.”

FONTE: CEMPRE
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